Precificação de produtos: como fazer e não ter prejuízo?

precificação de produtos

Entender como precificar um produto pode ser um desafio para muitos empreendedores. 

Pois, é uma situação delicada quando se é necessário cobrir os custos, ter lucro, se manter competitivo e ainda garantir a satisfação do cliente.

Então, é uma questão de encontrar o equilíbrio a fim de prevenir surpresas desagradáveis para sua empresa. 

Mas, muitas perguntas surgem:

  • Vou conseguir atrair clientes com esse preço?
  • Será que não é muito caro ou barato?
  • Consigo pagar a operação da empresa e garantir lucro no final do mês?
  • Consigo superar a concorrência?

Aqui, neste post, traremos dicas que irão tirar suas dúvidas e ensinaremos como fazer a precificação de produtos sem prejuízo ao caixa da sua empresa.

Por que definir o preço do produto?

A precificação de produtos tem como principal fator a identificação de qual valor gera competitividade, atratividade e lucratividade para o negócio.

Um único erro na precificação de produtos pode colocar sua empresa em risco. 

Por isso, antes de saber como a precificação de produtos funciona, é essencial que se tenha em mente a importância da realização disso. 

Atrair clientes e vender muito não é garantia de lucro empresarial.

Entenda que embora sua empresa possa focar em uma estratégia comercial baseada nesses dois quesitos, é fundamental compreender também que isso poderá gerar custos altos e sobrecarga de produção.

Além de que a própria empresa não tenha capacidade de suportar essa demanda. 

Podemos citar algumas razões para as quais são necessárias sermos criteriosos quando se trata da precificação dos produtos:

  • Satisfazer o consumidor
  • Ajustar ao público-alvo
  • Enfrentar a concorrência
  • Conceder descontos
  • Pagar as obrigações
  • Melhorar resultados

Agora que foi possível identificar as vantagens de estabelecer uma política de preços, iremos informar três dicas de como realizar a precificação de forma adequada. 

Como fazer a precificação de produtos?

1. Conheça seus custos e despesas

Um ponto-chave para precificação de produtos basicamente depende do equilíbrio entre o preço do mercado e as despesas fixas e variáveis de sua empresa.

  •  Custos – é todo o gasto que se refere diretamente a fabricação do seu produto: mão de obra, matéria-prima, energia, fornecedores e todos os gastos que são necessários para produção. 
  • Despesas – todo o gasto que refere-se a estrutura administrativa e comercial de uma empresa: aluguel, limpeza, segurança, comissões, entre outros.
  • Fixas – o valor deverá ser pago independentemente do volume de vendas. Exemplo: folha de pagamento.
  • Variáveis –  dependem do volume de vendas. Exemplo: comissões, matéria prima.

Um risco alto de adotar estratégias de preços abaixo do mercado é o de ter prejuízo  mesmo com uma boa demanda de vendas.

Isso se dá pelo fato de que o faturamento obtido é incapaz de cobrir os custos e despesas da organização. 

Por isso, deve-se considerar os custos e despesas desde a produção do produto até a sua venda.

E lembre-se de adicionar ao cálculo de precificação de produtos as despesas referente a carga tributária

2. Defina sua margem de lucro

Após definir todos os gastos, é possível incluir a margem de lucro que deseja obter com as vendas. 

A margem de lucro nada mais é que o valor percentual adicionado aos custos totais e incorporada ao preço de comercialização final para obtenção de receita para a empresa. 

Deverá ser calculada de acordo com o valor base que o mercado utiliza e quanto é necessário para obter a taxa de crescimento esperada.

No vídeo abaixo feito pelo SEBRAE, você entenderá melhor como essa margem é definida.

Vale salientar que esse valor precisará ser justo para que a empresa se mantenha competitiva no mercado. 

Embora não exista uma regra para a escolha da margem de lucro por tipo de empresa, é necessário a busca pelo equilíbrio visando a rentabilidade responsável.

Preços baixos agridem a finanças da empresa e preços muito altos espantam clientes e encalham os produtos no estoque. 

3. Entenda seu mercado

Um aspecto importante que não deverá ser esquecido durante a precificação de produtos é o mercadológico.

Por isso, calcule um preço de venda compatível com as exigências do mercado, considerando o que está sendo praticado pelos seus concorrentes. 

Uma dica válida para esse estudo é o de realizar uma busca detalhada pelos players de mercado considerando três vertentes:

  1. Quanto vendem;
  2. Por quanto;
  3. Para quem. 

Outra estratégia são as campanhas de vendas que mesmo jogando o preço dos produtos lá para baixo, não se tornando algo permanente, pode ser um enfrentamento pontual mesmo não gerando uma receita alta para a instituição. 

A diferença entre preço e valor

Apesar de nomes diferentes, muitos entendem que esses dois critérios tenham o mesmo sentido.

Porém, é um grande equívoco, principalmente para o mundo dos negócios. 

  • O preço é o valor monetário determinado para um produto/serviço.
  • Já o valor, só existirá se o produto/serviço gerar algum benefício para quem vai utilizar. 

Em outras palavras, o preço tem relação direta com o desembolso que você realizará para adquiri-lo e o valor com a necessidade que o produto irá suprir e benefício que ele irá gerar. 

Quando o valor é percebido pelo cliente, é muito mais provável que o produto seja adquirido por esse fator e que foi uma boa decisão independentemente do preço que foi pago que acaba ficando em segundo plano. 

Focar no valor como estratégia de venda é coringa para o faturamento da empresa. 

Concluindo

Embora não seja um mistério, iniciar a precificação de produtos pode parecer complexo e um grande desafio para o empreendedor.

Mas é a chave do sucesso financeiro e lucratividade da empresa. 

Nesse artigo mostramos os principais fatores para realizar a precificação de produtos.

Agora é sua vez.

Contabilize bem os custos e despesas, fique atento ao mercado, faça suas contas considerando os fatores desse post, se mantenha ainda mais competitivo e tenha um negócio rentável.

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